Comunidade Solidária acompanha mais de 100 famílias em Quatis

Comunidade Solidária acompanha mais de 100 famílias em Quatis

A iniciativa começou com ações isoladas e hoje conta com apoio de outros projetos

            Na paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Quatis, um grupo de oito agentes pastorais atuam ajudando famílias que estão em situação de vulnerabilidade. A Comunidade Solidária exerce suas ações desde julho de 2013 na paróquia, antes funcionava apenas com ações isoladas nas comunidades, como: Campanha de Natal, novena e festas de padroeiro. Atualmente possuem 100 famílias cadastradas e por mês eles atendem cerca de 135 famílias.

            Com o início da Pandemia, muitas famílias perderam suas fontes de renda e por conta disso, a procura por ajuda cresceu. Toda sexta-feira os membros ficam na paróquia a disposição para as famílias que desejarem procurar a Igreja, no período de 08h às 11h. A coordenadora do movimento, Bruna Nascimento explicou que neste último ano eles tiveram que se readaptar e passaram a fazer um cadastro e acompanhamento prévio de três meses, podendo se estender. “Neste momento acolhemos a família, preenchemos uma ficha, quando necessário já doamos uma cesta básica, mas não é sempre assim. Normalmente marcamos uma visita domiciliar para realizar a sindicância, porém por conta da Pandemia, não está sendo possível realizar todas as visitas. Diante disso passamos a acompanhar essa família por três meses seguidos, após esse período reavaliamos a situação, caso seja necessário o atendimento é suspenso, mas infelizmente neste período a situação tem se agravado e as famílias ficando vulneráveis por longo período”, disse. A assistência acaba se tornando permanente.

            As entregas das cestas básicas ocorrem na última sexta-feira de cada mês. As famílias também são beneficiadas com a xepa semanal, uma parceria da Comunidade Solidária com um supermercado local, onde são recolhidos legumes, frutas e verduras e entregues semanalmente. A maior parte das famílias cadastradas estão em torno de cinco crianças e em alguns casos, são mães solos.  Além da entrega das cestas básicas, há também realização de outras atividades, como pontuou Bruna. “Pensando nessa realidade, também oferecemos atividade de reforço escolar para essas crianças, aulas de corte e costura para as mães. Mas, com a pandemia os trabalhos foram reduzidos e foi preciso mudar a forma de atendimento e suspender algumas atividades”.

            Ajudar o próximo é um convite que todos como cristãos são convidados a fazer. Para Bruna Nascimento, a Comunidade Solidária tornou-se uma missão de vida. “Eu considero participar desse movimento como responder com um "Sim" ao chamado de Deus para minha vida. É a missão mais gratificante que eu considero realizar, poder me colocar à disposição diante as necessidades alheias é renovador, me faz praticar a empatia e reafirma a certeza de que podemos sempre fazer o bem. Diante da Comunidade Solidária é a minha maneira de dizer: Eu vim para servir. Eis me aqui Senhor!”, finalizou.

Parcerias com outros projetos

A Comunidade Solidária ainda conta com parceiros inseridos em projetos que visam a ajuda ao próximo. Como por exemplo, o projeto Alimentando Sorrisos, que funciona da seguinte forma: todo segundo sábado do mês, a idealizadora da iniciativa passa o dia em frente ao supermercado da cidade recebendo doações e o que for arrecadado é repassado à comunidade.

Outro projeto parceiro é o Absorvendo Afeto, que é direcionado a pobreza menstrual. Eles doam mensalmente cerca de 50 pacotes de absorventes higiênicos que são entregues junto com as cestas básicas.

Doações

As doações são arrecadadas durante as missas, é deixado uma caixa na entrada da Igreja e as pessoas podem contribuir. Também durante as festividades religiosas é promovido o "gesto concreto" para estimular as doações. Além disso, eles contam com a doação de paroquianos que dão vale compras e cestas básicas já montadas.

Ainda que recebam muitas doações, em alguns meses acaba sendo insuficiente. Bruna disse que nesses casos, a paróquia custeia uma parte das cestas básicas. “Quando as doações recebidas não são suficientes, nós temos o incentivo e apoio do Padre Gildo que nos autoriza a comprar, com parte da arrecadação do dízimo, já que a caridade é uma das dimensões da Pastoral do Dízimo”, afirmou.