CNBB lamenta intensificação da exploração da fé e da religião para angariar votos no segundo turno

CNBB lamenta intensificação da exploração da fé e da religião para angariar votos no segundo turno

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota, nesta terça-feira, 11 de outubro, na qual lamenta “a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno” das eleições deste ano. Os bispos recordam que a manipulação religiosa desvirtua valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que precisam ser debatidos e enfrentados no país.

NOTA DA PRESIDÊNCIA

“Existe um tempo para cada coisa” (Ecl. 3,1) Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos. A manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e com o Evangelho. Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral. Convocamos todos os cidadãos e cidadãs, na liberdade de sua consciência e compromisso com o bem comum, a fazerem deste momento oportunidade de reflexão e proposição de ações que foquem na dignidade da pessoa humana e na busca por um país mais justo, fraterno e solidário.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e Presidente da CNBB.

Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre (RS) e Primeiro Vice-presidente da CNBB.

Dom Mário Antonio da Silva, Arcebispo de Cuiabá (MT) e Segundo Vice-presidente da CNBB.

Dom Joel Portella Amado, Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) e Secretário-geral da CNBB.