Reflexões na Abertura Estadual da CF: Fraternidade e Amizade Social
Anteriormente programado
para ocorrer no Santuário do Cristo Redentor no Corcovado, devido às condições
climáticas adversas, o evento de Abertura Estadual da Campanha da Fraternidade
foi realocado para o Auditório da Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro no
Edifício São João Paulo II na Glória, recebendo os representantes das Dioceses
com seus Bispos, além de líderes de religiões cristãs e não cristãs, em um
gesto bonito de fraternidade entre irmãos e irmãs.
A Diocese de Barra do Piraí – Volta Redonda esteve representada no evento pelo Bispo Diocesano, Dom Luiz Henrique, que também é vice-presidente do Regional Leste 1; pelo Coordenador Diocesano de Pastoral, Padre Paulo Sérgio Almeida; e pelo vice-coordenador Diocesano de Pastoral, Padre Iago de Almeida. Além disso, leigos dos Vicariatos representaram os fiéis da Diocese na abertura da CF no estado do Rio de Janeiro.
Ao dar as boas-vindas
aos presentes, Dom Gilson Andrade, Bispo de Nova Iguaçu e presidente do
Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), expressou
a decisão dos bispos do Estado do Rio de Janeiro de realizar um gesto comum: a
abertura, em nível estadual, da Campanha da Fraternidade deste ano, envolvendo
não apenas os católicos. “Pela temática, ‘Fraternidade
e Amizade Social’, nós quisemos estender o convite não apenas às nossas
Igrejas, às nossas Dioceses, mas também a representantes de outras realidades e
religiões que contribuem para a construção de um mundo de paz”, disse o bispo, que também abordou a mudança no
local do evento.
“Nós pretendíamos realizar esse gesto aos pés do Cristo Redentor, pela beleza do sinal que juntos poderíamos dar. Quis a Providência Divina que não acontecesse ‘lá em cima’; afinal, o nosso compromisso é ‘aqui embaixo’, onde as pessoas vivem seus conflitos e esperam braços abertos e palavras que as ajudem a viverem reconciliadas”, complementou.
O tom
da fraternidade
Durante o evento, as crianças e músicos da Escola de Música Cristo Redentor, regidos pelo Maestro Leonardo Randolfo, estabeleceram o clima, executando canções relacionadas à temática da amizade social. A primeira delas foi uma bela execução do Hino da Campanha da Fraternidade. Também tivemos a Oração de São Francisco e, para encerrar, o Samba da Bênção, canção de Vinicius de Moraes, mencionada pelo Papa Francisco na Carta Encíclica FratelliTutti.
Superando divisões
Os representantes das
religiões também contribuíram com suas reflexões sobre a Amizade Social e a
necessidade de superar divisões. Presentes no evento, Pai Márcio de Jágun,
representando o candomblé, o Pastor Silas Esteves, representando os
evangélicos, a Sra. Angela Delou, representando os espíritas, e a Mãe Mônica
d’Oyá, representando os umbandistas, compartilharam suas perspectivas. “A fraternidade não está
reservada aos textos sagrados ou aos ambientes litúrgicos. Ela sempre esteve ao
alcance das nossas mãos”, disse Pai Márcio. “A
fraternidade e a amizade social são caminhos e missões para religiões
diferentes que têm o mesmo objetivo: trazer paz e esperança”, disse Mãe Mônica. O Pastor Silas relembrou as
ações já realizadas em prol do diálogo entre as religiões, que possibilitam a “restauração
da arte perdida de discordar em amor”.
O
papel da política na promoção da fraternidade
Dom Roberto Paz também abordou o tema da Fraternidade e da
Amizade Social sob a ótica da política. Enfatizando que a política deve buscar
a construção da paz, pois somente ela é capaz de promover a fraternidade. O Bispo
de Campos dos Goytacazes delineou o perfil do bom político, afirmando: “Bem-aventurado o político que tem uma alta
noção e uma profunda consciência do seu papel, de cuja pessoa irradia a
credibilidade e que trabalha para o bem comum e não para os seus interesses,
permanecendo fielmente coerente, promovendo a unidade e se comprometendo com
uma mudança radical e duradoura, sabendo escutar e não temendo”.
Reveja a abertura da Campanha da Fraternidade no Regional Leste 1