Faça a diferença...
Era uma vez um escritor que
morava em uma tranquila praia, junto de uma colônia de pescadores. Todas as
manhãs ele caminhava à beira do
mar para se inspirar e à tarde ficava em casa escrevendo. Certo dia, caminhando
na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto, reparou que se
tratava de um jovem
que recolhia estrelas-do-mar da
areia para, uma por uma, jogá-las novamente de volta no oceano.
– Por que está fazendo isso? –
perguntou o escritor
– Você não vê? – explicou o
jovem. – A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar e morrer se
ficarem aqui na areia.
O escritor espantou-se:
– Meu jovem, existem milhares de
quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de
estrelas-do-mar espalhadas pela
praia. Que diferença faz?
O jovem pegou mais uma estrela na
praia, jogou de volta ao oceano, olhou para o escritor e disse:
– Para essa eu fiz a diferença.
Naquela noite, o escritor não
conseguiu escrever, sequer dormir. Pela manhã, voltou à praia, procurou o
jovem,
uniu-se a ele e, juntos,
começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano.
Faça diferença na vida de alguém
hoje. Uma palavra de estímulo, um pequeno elogio é algo que com certeza
vai ser importante.
(Autor desconhecido)
Muito se fala hoje em mudança de
época, com o surgimento de tantas ferramentas atuais de comunicação. No
entanto, pouquíssima interação social e pessoal. Estamos continuamente
interligados pelas redes sociais, mas incapazes de manter diálogos que nos
ajudem a refletir e até reavaliar posições e ideologias. Tempos difíceis, como
costumamos dizer. Aumentou a informação e, ao que parece, piorou a interação.
Nessa realidade fragmentada,
diluída de valores e princípios que devem nortear atitudes e encaminhamentos
pessoais, somos chamados, como pessoas que vivem pela fé, na esperança e
caridade, a oferecer nossa contribuição pessoal por um mundo melhor. No entanto,
nos esbarramos com o velho e egoísta adágio do “que adianta, se foi sempre
assim?” ou “vai resolver alguma coisa?”.
A diferença está entre o se
importar, de fato, sem discursos retóricos, e contribuir com nosso proceder,
ainda que pequeno, de modo que auxilie e nos conduza a uma realidade mais
humana e cristã. Podemos simplesmente pensar e apaziguar, desta forma, nossa
consciência, ao dizer que o problema sempre existiu e continuará a existir. Por
outro lado, a pequena história acima mostra o quanto podemos fazer a diferença
para quem espera contar com nossa ajuda.
Estamos nos aproximando de mais
um ano litúrgico e da conclusão do Ano Vocacional, cujo tema refletido foi
“Vocação, graça e missão” e o lema, bastante sugestivo, “Corações ardentes, pés
a caminho”, faz direcionar nossa vida para gestos de comprometimento, isto é, a
nos empolgar continuamente diante da missão que o Senhor nos confia.
Façamos a diferença para nossa família, nossa comunidade eclesial, nosso ambiente de trabalho, enfim, que nossa presença seja sentida a partir de uma cultura do cuidado e do encontro. Sempre é hora de reavaliar e retomar nosso discipulado. Jesus fez e continua a fazer a diferença na vida de muitos, inclusive na nossa. Sigamos o Mestre neste belo caminho, ao estender nossas mãos, nosso coração e dispor nossas ações para o bem.
O Senhor é nossa força!